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Especialista em solos com pós-graduação em avaliação de impacto ambiental. No Projeto Jarí (1969) executei reflorestamento na Amazônia. Entre 1974-1986 no Projeto RADAM participei dos levantamentos de solos e mapeamentos integrados dos recursos naturais em todo o Brasil. Em 1982 para a OEA–Organização dos Estados Americanos participei do EDIBAP–Estudos de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Alto Paraguai. A partir de 1986 fui consultor para licenciamentos ambientais. No período 1997-2004 no SIVAM–Sistema de Vigilância da Amazônia, participei da atualização de mapeamentos temáticos da Amazônia Legal, para uso no SIPAM–Sistema de Proteção da Amazônia. Em 2005, voltei a exercer atividades de consultoria e nos últimos anos atuo com ênfase no licenciamento de diversos empreendimentos, mormente aqueles ligados à infraestrutura dos setores energético, portuário, rodoviário, hidroviário, industrial, urbano e rural, dentre outros.

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sábado, 13 de junho de 2020

A HORA E A VEZ DA AGRICULTURA

A seguir destaco algumas afirmações do conceituado economista Stephen Kanitz sobre a atual situação econômica do Brasil:

Essa súbita polarização na política, que deve estar assustando muitos dos meus seguidores, na realidade é simplesmente um fim de ciclo. O poder reinante nesse pais nos últimos 25 anos está sucumbindo, lutando com todos os seus meios para impedir o inevitável. Usam jogo sujo sim, mas é por puro desespero.

Quem está perdendo miseravelmente é a indústria, os sindicatos, os partidos desses trabalhadores chão de fábrica, as grandes cidades, os industriais cada vez mais falidos e subsidiados.

Quem está crescendo e ganhando é a Agricultura. A agricultura por si já representa 25 % do PIB, contra 10% anos atrás. O agronegócio, que incorpora as indústrias que a fornecem, como mineração de fertilizantes, a indústria de tratores, os bancos, as seguradoras, as transportadoras passam a ser 40% do PIB, tranquilo.

Ter 40% do PIB significa dinheiro, crescimento, poupança, prosperidade. Significa crescente poder político. Foi sempre a agricultura que gerou exportações e superávit no câmbio, foi sempre a indústria que importava máquinas estrangeiras.

A Indústria sempre foi muito mais forte do que a Agricultura, mas agora ela definha, não apresenta lucros, não tem mais poder financeiro. Isso explica as alianças desesperadas, como a do Paulo Scaf com Partido Socialista, da Globo com o Psol, da Folha com o PT, do Abílio com a Dilma. Desespero total.

Foi sempre a Indústria que indicava os Ministros da Fazenda, normalmente economistas ligados a Fiesp como Delfim Neto e Dilson Funaro, por exemplo. Foi esse total descaso pela nossa Agricultura que resultou no enorme êxodo rural, que tanto empobreceu esse país e fortaleceu esses partidos de esquerda.

Nada menos que 45% de nossa população teve que abandonar a agricultura, abandonada que foi pelos Ministros da Fazenda. Que nem sabem mais o significado de “Fazenda”, apropriado para um país destinado a agricultura, como o Brasil e a Argentina.

Foi Raul Prebish, que convenceu economistas argentinos e brasileiros como Delfim, Celso Furtado, Jose Serra, FHC e toda a Unicamp, a esquecerem nossa agricultura a favor da “industrialização” para o mercado interno. Por isso investirem fortunas com incentivos, leis Kandir, subsídios via o BNDES em indústrias antigas, mas que “substituiriam as nossas importações”, dos mais ricos, num país constituído de pobres. Somente a partir de 1994, que passaram a produzir para a Classe C e D, movimento do qual fiz parte.

Foi esse êxodo rural que gerou a pobreza e as favelas nas grandes cidades, e que permitiu a esquerda cuidar dos mais pobres e se elegerem por 24 anos. Mas não tendo percebido o erro de Prebish, é essa “substituição das importações” que irá gerar nossa estagnação e não inovação, e lentamente destruiu a nossa indústria nascente a partir de 1987.

De 27% do PIB, 45% com seus agregados, a Industria entrou numa espiral descendente para 14,5% hoje. Em 40 anos passa de 45% do PIB para 14,5%. Que reviravolta. Essa atual crise política no fundo é a crise da indústria e das famílias ricas desesperadas, empobrecidas, mas ainda com certo poder político.

É a crise dos sindicatos trabalhistas que vivia dessas contribuições sindicais. Perderam poder econômico e percebem que estão perdendo o político, da qual nunca mais se recuperarão a curto prazo. Quem acha o contrário que pense nos números.

Isso explica esse desespero da imprensa, dos artistas subsidiados, dos intelectuais das grandes cidades. Ela é violenta por ser desesperada. Mas é simplesmente o canto da sereia desse grupo que vivia da indústria e de seus impostos. Os números que apontei são inquestionáveis e só tendem a crescer.

A Agricultura, justamente por ter sido esquecida pelo Estado, venceu a Presidência e 15 Estados. Ronaldo Caiado, representante eterno dos agricultores, vence em Goiás. As grandes cidades foram contra, elegendo Doria e Witzel.

“Bolsonaro é quase unanimidade no setor”, disse Bartolomeu Braz Pereira, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). Mais Brasil Menos Brasília, é o brado mais campo menos cidades em decadência.

Bolsonaro foi eleito não pelos liberais nem pelos conservadores das grandes cidades, que hoje se sentem enganos, e só falam mal dele. Bolsonaro foi eleito pelo seu apoio aos anseios da Agricultura. Que com esse sucesso da Agricultura em 2020 só irá crescer.

Com o Covid, haverá uma fuga das cidades para o campo, dos apartamentos para casas, dos escritórios para o Zoom. E em mais 4 ou 5 anos, a Agricultura terá o poder político que merece, elegerá quem quiser, com ou sem Bolsonaro em 2022. O poder da esquerda e da indústria vinham ultimamente pelo saque ao Estado, vide o mensalão e o petróleo.

E todos sabemos que no Brasil dinheiro é poder político. “Follow the money”, como diria Sérgio Moro. Moro não percebeu que não foi o combate a corrupção que elegeu Bolsonaro. Foi a Agricultura.

Na cidade Agronômica, Bolsonaro ganhou com 79% dos votos. Na cidade de Sorriso teve 74% dos votos. Na cidade Rio Fortuna teve 68% dos votos. Em Mato Grosso do Sul teve 61% dos votos. Vejam os mapas da fronteira agrícola e os votos dados ao Bolsonaro em 2018.

Quem elegerá os nossos Presidentes em 2022, 2026, 2039 será a bancada agrícola, não a bancada industrial quebrada e falida. Quem mandará nesse pais será o pequeno agricultor, e não a FIESP, os Marinhos, os Gerdaus, os intelectuais e artistas da Globo que viram seus impérios empobrecerem de 1987 para cá e nada fizeram. Que elegeram o Lula e a Dilma, achando que assim permaneceriam no poder político, manipulando os via corrupção.

A tese que Bolsonaro não foi eleito mas que foi Haddad que foi rejeitado, não se sustenta numericamente. Haddad tinha 41% de rejeição contra 40% de Bolsonaro. Ou seja a diferença é de somente 1%. Não são Bolsonaro e seus filhos que são a grande ameaça à esquerda, como a imprensa e o Supremo acham. É a Agricultura. E ninguém dará um golpe nela.

Será o constante crescimento do Comunitarismo da pequena cidade daqui para a frente, em detrimento da Esquerda das grandes cidades. É o crescimento do interior Comunitário e Solidário, do Brasil e menos Brasília. Um mais Brasil administrável, em detrimento das grandes cidades frias, solitárias, sem compaixão que alimentou os votos da esquerda.

Não é o Liberalismo e a Direita que são a grande ameaça para a esquerda, como a imprensa e o Supremo acham. É a Agricultura. Uma batalha que ela já ganhou, mas poucos perceberam.
  
(Stephen Kanitz - Harvard Business School, Universidade Harvard, Universidade de São Paulo. Economista, jornalista, Escritor. Entenda Essa Crise Política. É O Poder Mudando De Mão. Blog.kanitz.com.br)

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